Presidente da CNC, José Roberto Tadros, afirmou que é preciso melhorar a renda do povo, “olhando para o crescimento do país”
O presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros, previu que, “no momento em que a economia brasileira começar a deslanchar, um dos setores que mais vai receber investimentos é a área imobiliária”. Ao participar, em 29 de maio, da reunião da Câmara Brasileira de Comércio e Serviços Imobiliários (CBCSI), em Brasília, Tadros incentivou os empresários e disse que, “se depender da CNC, o Brasil continuará crescendo”.
Segundo o presidente da Confederação, os empresários têm participado do processo “em que se procura resgatar uma dívida social muito grande com milhões de brasileiros que vivem à margem da vida econômica. Não se pode esquecer que a casa própria é uma instituição. Todos sonhamos em ter nosso próprio imóvel”.
Tadros afirmou que o que se precisa é melhorar a renda do povo, “olhando para o crescimento de um país que se manifesta como capitalista. E no capitalismo não se pode permitir que mais de 13 milhões estejam desempregados e 50 milhões vivam à margem do consumo. O capitalismo deslanchou, mas ainda o exercemos de forma envergonhada. O brasileiro quer capitalismo, mas não quer lucro porque é feio e é pecado. Não é isso o que queremos”, enfatizou.
“Vamos perseguir o lucro, porque isso gera emprego e renda e, em consequência, dar condições ao trabalhador de comprar e pagar o seu imóvel. Precisamos, pois, estar preparados para uma nova era”, concluiu.
Outros destaques da reunião da CBCSI em 29/05/2019:
Retomada das Câmaras – O vice-presidente Administrativo, Luiz Gastão Bittencourt, destacou a importância da retomada que está sendo feita no trabalho das Câmaras de Comércio. “Estamos dando total apoio, por meio da área técnica da Confederação, às ações desses órgãos consultivos da Presidência. Além disso, as Câmaras fazem a ligação com os presidentes das Federações, a quem são mostrados os desdobramentos das discussões, para que possam reverberar nos Estados e trazer suas colaborações ao trabalho de defesa de interesses que a entidade desenvolve em nível nacional.”
Aluguel via site e aplicativos – O coordenador da CBCSI, Pedro Wähmann falou sobre a repercussão no mercado da entrada de plataformas digitais para aluguéis de imóveis. “Elas trouxeram um novo conceito de fazer negócio, às vezes não observando formalidades e obrigações legais que as empresas físicas tradicionais estão sujeitas”, observou.
Os sites e aplicativos, acrescentou o dirigente, chamam a atenção pela facilidade que oferecem para locação. “Isso nos impulsiona para entender melhor o que essas plataformas trazem de competição e servem para que as locadoras que estão no mercado invistam para melhorar a sua agilidade operacional”, comentou.
Condomínios – O coordenador da área de Condomínios da CBCSI, Moacyr Schukster, do Secovi/RS, informou que estão sendo acompanhados 89 projetos principais, aos quais estão apensados 280. Do total de 369 proposições, 22 são consideradas prioritárias e 80 são ligadas a condomínios.
Julgado STF – A advogada Moira Toledo, da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC), falou sobre o recurso extraordinário nº 605709 contra decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF), no qual se interpretou que o bem imóvel do fiador, em contrato de locação não residencial, seria protegido pela Lei de Família (Lei nº 8.009/1990) e, como tal, impenhorável. “Isso leva a uma situação de insegurança jurídica”, afirmou.